BREVE HISTORIAL

FUNDAÇÃO

A Sociedade Musical Boa União foi fundada em 1889 por um grupo de executantes que deixaram a Banda Filarmónica Ovarense. A recém-criada passou também a ser conhecida por Música Nova distinguindo-se assim mais facilmente da antiga.
A primeira actuação pública nas ruas de Ovar fez-se no 1º de Dezembro de 1889, com o Hino da Restauração a ser uma das peças mais ouvidas. O primeiro serviço festivo foi efectuado a 2 de Fevereiro de 1890 na Capela da Nossa Senhora de Entreaguas.
Em 1895, uma actuação não autorizada da Banda junto à Estação do Caminho-de-ferro saudando a passagem de um Ministro do Partido Regenerador opositor ao partido a que pertencia o Administrador do Concelho levou o Maestro ao banco dos réus, que, no entanto, acabou por ser absolvido.
A partir de 6 de Maio de 1906, por acordo estabelecido com a Direcção dos Bombeiros, a Banda passou a poder utilizar o título de Banda dos Bombeiros Voluntários de Ovar.
Pelo Alvará nº 23 do Governador Civil de Aveiro de 24 de Julho de 1958, foram aprovados os Estatutos da Sociedade.

CONSOLIDAÇÃO

No ano de 1961 foi adquirida à Sociedade Mercantil uma parcela de terreno na Avenida do Bom Reitor em Ovar, onde em 1984 se iniciou a construção de sede própria cuja inauguração ocorreu em 1986.
Em 1984 foi atribuída a Medalha de Mérito Municipal – Prata. Em 1985 foi conferido à Sociedade Musical Boa União o estatuto de Instituição de Utilidade Pública, conforme publicação no DR II série nº 90 de 18/4. Em 1989 obteve a Medalha de Mérito Municipal – Ouro.
A rivalidade que sempre existiu entre as duas Bandas evoluiu de forma positiva, o que permitiu que em 1989 a comemoração do 1º Centenário da Sociedade Musical Boa União tivesse sido feita em conjunto com o aniversário da Banda Filarmónica Ovarense.
O trágico falecimento em Junho de 1991 do então Presidente da Direcção e principal benemérito da instituição, Sr. Carlos Soares Ferreira Malaquias, marcou o início de grandes dificuldades na vida da colectividade, que culminaram com a suspensão da actividade da Banda após a actuação em Setembro de 1997 em Cortegaça e, em 1999, da Escola de Música que tem o seu nome. Mantiveram-se apenas actividades administrativas, de manutenção, conservação e defesa do património.

REFUNDAÇÃO

Em Maio de 2000 um grupo de antigos músicos assumiu os destinos da colectividade, reactivando a Escola de Música, formando a Trupe de Reis que se estreou com fulgor nos “Reis 2001” e que é já uma referência nesta tradição Vareira e desenvolvendo outras actividades lúdicas e culturais realizadas na sede da colectividade.
Em 2003 foi feito um árduo trabalho. Adquiriu-se novo instrumental, formaram-se músicos, melhorou-se o ensino na escola de música e a qualidade artística da Banda. Nos anos seguintes este trabalho foi intensificado e o número de serviços festivos continuou a registar um notável e expressivo incremento. A participação e organização de vários Master Class contribuíram de forma decisiva para a maturidade artística do grupo.
A Escola de Música, que dispõe agora de novos instrumentos e novos equipamentos informáticos dotados com software específico para um moderno ensino musical, é motivo de grande satisfação e alento para a rejuvenescida Banda centenária. Mais recentemente, foram criadas outras secções artísticas (Orquestra ligeira, orquestra juvenil, Big Band e pequenos agrupamentos de metais, madeiras e mistos), tendo em vista a valorização dos músicos e a diversificação da oferta para espectáculos e eventos com características diferenciadas.

ACTUALIDADE

Hoje, e após alguns ajustamentos verificados em Janeiro e Setembro de 2009, tanto na direcção artística que passou a ser confiada ao maestro Bruno Pereira, como no corpo geral de músicos, contando com cerca de 60 elementos, podemos afirmar que se encontra perfeitamente consolidado o prestígio da Sociedade Musical Boa União, Banda dos Bombeiros Voluntários de Ovar ou Música Nova, como também é conhecida.
Eis pois a Sociedade Musical Boa União de Ovar. Uma banda centenária, bebendo do seu longo e rico historial a energia suficiente para continuar sem desfalecimento a sua actividade da divulgação musical, tanto no âmbito da área geográfica onde tem a sua sede, como em qualquer outro local do país ou estrangeiro onde a sua presença seja solicitada.

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